quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Misericódia quero



"Misericórdia quero, e não sacrifícios." Mateus 12.7 - ARC.


Foto Mãos dadasMarlene é voluntária em uma instituição filantrópica que presta ajuda a menores abandonados e jovens viciados. O número de jovens sob sua coordenação é maior do que de qualquer outro colaborador da instituição, ela passa muito mais tempo que os demais voluntários porque sente a necessidade obsessiva de oferecer maior apoio aquele projeto.Conflitos entre seus dois filhos adolescentes a deixam tão atordoada que ela prefere estar na instituição a estar em casa. O convívio com o seu marido não vai bem, o volume de atividades que ela assume na instituição tem consumido seu tempo de tal forma que mal sobra tempo para as tarefas domésticas. Seu marido conversou com o diretor da instituição, sem que ela soubesse claro e expôs a situação. Rapidamente o diretor designou uma nova voluntária para dividir as tarefas com Marlene.

Sara também tem um largo interesse em ajudar aqueles jovens, ela não é tão dedicada quanto Marlene, mas sente que está fazendo a coisa certa devido o amor que sente pelos jovens. Sara é idealista, sonhadora, e acredita que oferecendo atenção e carinho, pode mostrar aos jovens que o mundo é mais que desprezo, egoísmo e maldade.Infelizmente Marlene não gosta muito do jeito de pensar e agir de Sara, com sua experiência como voluntária Marlene sabe que os jovens precisam de educação e disciplina e a postura de Sara os deixa mal acostumados. Passado certo tempo a relação das duas tornou-se cada vez mais difícil; Marlene, autoritária, repreendia Sara por não aplicar a disciplina necessária quando os jovens erravam, e criticava constantemente os métodos motivacionais dela. Sara sentindo-se oprimida e desanimada conclui:
– Não tenho jeito para isto.

O pior é que Sara poderia ter sido uma excelente orientadora, mas como não conseguiu adquirir a rigidez de Marlene foi rejeitada. Temos observado muitas pessoas traçarem caminhos de grandes sacrifícios como prática religiosa. Negar-se a si mesmo e dedicar parte de sua vida em benefícios de outros pode demonstrar muita compaixão quando o fundamento é o amor. Entretanto, sacrifícios baseados em outros alicerces que não o amor tornam-se religiões infrutíferas. O Evangelho de Jesus tem como fundamento principal o amor consolidado através dos relacionamentos, não amor à "letra" ou ao "ritual", mas amor às pessoas, ainda que em algum momento fosse necessário se chocar contra a "letra". A prática de rígidas normas religiosas em detrimento das pessoas, onde se perde o foco original de nos relacionarmos uns com os outros e todos com Deus, pode se tornar em uma religião opressora tal como era o judaísmo dos fariseus. Jesus amava a "letra" e a respeitava, o que Ele não gostava era da prática inflexível que distância as pessoas de Deus e do que elas têm de melhor.


Não é a rigidez religiosa que transforma as pessoas, somente o Espirito Santo tem esse poder.


Tenham um dia cheio da presença de Deus.


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