domingo, 10 de maio de 2009

Reconhecendo a soberania de Deus



Jó 42

1 Então Jó respondeu ao Senhor:

2 "Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado."

Nota: Bíblia Sagrada - Nova Versão Internacional (NVI, Ed. 2001).


FOTO: Mulher erguendo os braços aos céus

Diante das dificuldades que enfrentamos na vida, algumas vezes chegamos a murmurar contra Deus. Você já deve ter dito ou escutado algo como "Meu Deus, por que o Senhor deixou acontecer isto?" ou "Deus, eu não aceito isto!" ou "Deus, o Senhor não me vê!" ou "Deus, deixa de brincadeira!" (parece exagero, mas eu já ouvi algo assim) ou ainda "Se Deus me amasse, ele não teria deixado isto acontecer!"; e o que estas frases têm em comum, além de expressarem desespero? A resposta é: todas, em menor ou maior grau, questionam a soberania de Deus.

Ok! Coisas assim acontecem. Às vezes nem notamos que os problemas que enfrentamos são consequências das nossas escolhas, as quais muitas vezes ignoram os planos de Deus para nossa vida em vez de se alinharem a eles. Neste caso, questionar a soberania de Deus, duvidar do amor dEle etc, é uma atitude ainda mais desprovida de razão. Mas, por outro lado, quando buscamos a Deus com sinceridade, quando nossa vida está paltada na palavra dEle, quando em tudo buscamos a Sua orientação... será que isto nos dá o direito de questionarmos a soberania de Deus? A resposta é: Não! Lembre-se de Jó.

Depois de experimentar toda a sorte de problemas e sofrer tanto, Jó concluiu que: a vontade de Deus sempre prevalece. Daí alguém vai dizer: mas será que Deus quer coisas ruins para os seus filhos? Não, Deus não quer coisas ruins. Mas muitas vezes Ele nos permite passar por momentos difíceis – nunca excedendo nossa capacidade de suportar – e nos prova, sendo que Ele nunca nos desampara e em tudo isso Ele nos permite crescer espiritualmente e conhecê-lo melhor.

5 "Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram.

6 Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza".

(Jó 42 - NVI)

Prestes a sair daquele 'cativeiro de sofrimentos', Jó reconhece que em meio a todas as dificuldades ele teve a oportunidade de estar mais perto de Deus, de conhecer melhor ao seu Senhor, de ter uma comunhão mais íntima com o Criador. Daí ele se humilha e se arrepende, porque ele presumia conhecer a Deus o suficiente, mas o seu conhecimento ainda estava 'aquém do véu', até que Deus revelou-se a ele enquanto as tribulações o afligiam.

3 "... Certo é que falei de coisas que eu ainda não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber".

(Jó 42 - NVI)

Um conhecimento baseado na experiência nos leva a estar bem próximos de Deus; Jó descobriu isto. E tendo conhecimento de Deus, da Sua graça, do Seu amor, da Sua justiça e da Sua soberania, podemos ficar seguros de que todas as dificuldades passarão e por Ele seremos socorridos. E se alguém insistir em perguntar: "Mas se Deus é Pai, por que ele nos permite sofrer?". Bem, se persistirem os sintomas da síndrome do DNNV ("Deus Não Nos Vê"), posso recomendar que se reflita sobre dois pontos de vista:

Da paternidade de Deus

– Deus não é um pai ausente ou irresponsável. Pense bem: qual pai impede seu filho de aprender a andar de bicicleta ou jogar futebol? Se essas coisas são necessárias ao desenvolvimento físico da criança, logo não são ruins, ainda que causem alguns machucados, arranhões etc. E partindo para um comparativo mais extremo: qual pai impede seu filho de passar por uma cirurgia necessária, porém complicada? Assim são os processos que nos levam ao amadurecimento espiritual, e é assim que Deus trata conosco.

Do conhecimento empírico

– Acredita-se na Ciência por conta das experiências; e quando pode-se experimentar aquilo que transcende os conceitos teológicos e, de forma clara, atesta a presença de Deus; será que pode-se continuar sem crer? Alguns dizem que o testemunho bíblico não é suficiente para termos conhecimento de Deus, mas o que dizer da nossa experiência pessoal? E mais, se o conhecimento adquirido através da experiência confirma o conhecimento extraído das Sagradas Letras, como questionar este?

Como nossa pregação será eficaz se não provarmos daquilo que pregamos? Como falar da misericórdia de Deus, se nunca a experimentarmos? Como falar da providência divina, se ela não for realidade em nossas vidas? Como diremos que Deus cura, se não tivermos nenhuma experiência ou testemunharmos alguma cura? Então, quando somos atribulados, não estamos diante da ausência, indiferença ou inexistência divinas, estamos diante da soberania de Deus; pois no fim experimentaremos da sua graça, seremos salvos das tribulações e estaremos mais perto dEle. A vontade de Deus é sempre o melhor para nós.

Fortaleça sua fé, através das experiências, e declare que Deus é soberano.

Que Deus continue abençoando você.

Um forte abraço.


Um comentário:

Isaac Marinho disse...

Paz seja contigo, Danilo!

Agradeço a visita e o comentário.

Visitei o Genizah e gostei de ler. A proposta é muito diferente da do "Vem e vê", mas também é interessante.

Que Deus te abençoe.

Um abraço.

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